Escola Sabatina

Lição 4
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Escola Sabatina - Lição 4 - 1º Trimestrede 2003

Uma Aliança
Eterna

A Lição:

Sábado à tarde Ano Biblico: Êxo. 5-8

VERSO PARA MEMORIZAR: "Estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência" (Gên. 17:7).

QUANTOS SE LEMBRAM de algum mal-estar ou um toque de pneumonia na infância que nos deixou doentes, até com perigo de vida? Na longa noite de febre, nós acordávamos de um leve sono para ver a mãe ou o pai em uma cadeira ao lado de nossa cama ao brilho suave da luz da noite, prontos para qualquer emergência. Um dos pais estava sempre lá, procurando descobrir qual era a doença e o remédio para restabelecer nossa saúde.

Da mesma forma, em sentido figurativo e humano, Deus sentou-Se ao lado da cama de um mundo doente pelo pecado quando a escuridão moral começou a se aprofundar nos séculos após o Dilúvio. Seu desejo, naturalmente, era trazer saúde espiritual à humanidade agonizante. Por essa razão, Ele chamou Abrão e planejou estabelecer através de Seu servo fiel um povo a quem Ele pudesse confiar um conhecimento de Si mesmo e dar salvação. Mas, o que é mais importante ainda: por meio dessa nação escolhida viria o Redentor do mundo, Jesus de Nazaré.

Nesta semana vamos examinar o desdobramento das promessas da aliança que, finalmente, terão seu clímax na vinda de Jesus como oferta de pecado pelo mundo inteiro.

Domingo Ano Bíblico: Êxo. 9-11


Yahweh e a aliança com Abraão

"Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra" (Gên. 15:7).

Os nomes às vezes podem ser como marcas registradas. Em nossa mente ficam tão associados com certas características que quando ouvimos o nome imediatamente nos lembramos delas. Que características vêm à mente, por exemplo, quando pensamos nestes nomes: Albert Einstein, Martin Luther King Jr., Gandhi ou Dorcas? Cada um está associado a certas características e ideais.

Durante os tempos bíblicos, o povo do Oriente Médio dava grande importância ao significado dos nomes. "Os hebreus sempre pensavam que os nomes indicavam as características do seu possuidor, os pensamentos e emoções da pessoa que dava o nome, ou as circunstâncias do momento em que o nome era dado." - SDA Bible Commentary, vol. 1, pág. 523.

Quando entrou em relação de aliança com Abrão pela primeira vez, Deus Se fez conhecer ao patriarca sob o nome YHWH (impresso como Senhor, em maiúsculas, na Bíblia Almeida [Gên. 15:7] e pronunciado como Iavé). Assim, Gênesis 15:7 literalmente significa: "Eu sou YHWH que te tirou. ..."

Mas o nome YHWH, que aparece 6.828 vezes no Antigo Testamento, está envolto em certo mistério. Parece ser uma forma do verbo hayah, "ser", e neste caso significaria "o Eterno", "Aquele que Existe", "O que tem existência própria", "o Auto-suficiente" ou "a Pessoa que vive eternamente". Os atributos divinos que este título parece enfatizar são os de existência própria e fidelidade. Eles apontam para o Senhor como o Deus vivo, a Fonte da vida, em contraste com os deuses pagãos, que não tinham existência a não ser na imaginação de seus adoradores.

O próprio Deus explica o significado de Yahweh em Êxodo 3:14: "Eu Sou O Que Sou". Este significado expressa a realidade da existência incondicionada de Deus e também sugere Seu domínio sobre o passado, o presente e o futuro.

Yahweh também é o nome pessoal de Deus. A identificação de Yahweh como Aquele que tirou Abrão de Ur refere-se ao anúncio da aliança de Deus com ele em Gênesis 12:1-3. Deus quer que Abrão conheça Seu nome porque esse nome revela aspectos de Sua identidade, natureza pessoal e caráter - e desse conhecimento podemos aprender a confiar em Suas promessas (Sal. 9:10; 91:14).


Segunda Ano Bíblico: Êxo.12 e 13


El Shaddai

"Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus todo-poderoso; anda na Minha presença e sê perfeito" (Gên. 17:1).

Yahweh já havia aparecido a Abraão várias vezes antes (Gên. 12:1 e 7; 13:14; 15:1, 7 e 18). Agora, no texto acima, Yahweh aparece novamente a Abrão ("Apareceu o Senhor a Abrão"), apresentando-Se como "o Deus todo-poderoso" - um nome usado só no livro de Gênesis e no livro de Jó. O nome Deus Todo-poderoso consiste primeiro de El, o nome básico para Deus usado entre os semitas. Embora o significado exato de Shaddai não seja completamente certo, a tradução "Todo-poderoso" parece a mais exata (Compare Isa. 13:6; Joel 1:15). A idéia central no uso desse nome parece ser de contrastar o poder de Deus com a debilidade humana.

1. Leia Gênesis 17:1-6, que ajuda a localizar tudo no contexto maior. Por que Deus quis destacar a Abrão nesse momento o Seu poder? O que Deus estava dizendo a Abrão? Por que era tão necessário que Abrão confiasse nesse poder? Veja especialmente o verso 6.

Uma tradução literal de Gênesis 17:1-6 seria: "Jeová apareceu a Abrão e disse: Eu sou El-Shaddai; ande diante de Mim e seja perfeito; e Eu farei Minha aliança entre Mim e você, e o multiplicarei grandemente. Você será pai de uma multidão de nações, ... e Eu o farei sumamente frutífero". Este mesmo nome aparece também em Gênesis 28:3, onde Isaque diz que "El-Shaddai te abençoe, e te faça fecundo e te multiplique".

Uma promessa semelhante de El-Shaddai encontra-se em Gênesis 35:11; 43:14; e 49:25, passagens que sugerem a generosidade de Deus: El, o Deus do poder e autoridade; e Shaddai, o Deus da riqueza inesgotável, riqueza que Ele está disposto a dar aos que O buscam em fé e obediência.

Alguém disse que uma rosa, qualquer que fosse seu nome, teria o mesmo bom perfume. A idéia é de que o nome não tem importância. Mas quanto conforto e esperança você teria se o nome de Deus fosse "O Deus Frágil" ou "O Deus Covarde"? Leia mais uma vez o texto de hoje. Substitua "Deus Todo-poderoso" por esses dois outros nomes. Como ficaria sua fé e confiança nEle se o Senhor tivesse que Se apresentar a nós dessa maneira? Ao mesmo tempo, como o nome El-Shaddai nos dá conforto?

Terça Ano Bíblico: Êxo. 14 e 15


De Abrão a Abraão

"Quanto a Mim, será contigo a Minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí" (Gên. 17:4 e 5).

Embora os nomes de Deus tenham significado espiritual e teológico, isso não é tudo. Os nomes das pessoas no antigo Oriente Médio não eram apenas maneiras sem sentido de identificação, como geralmente são para nós. Dar a uma menina o nome de Maria ou Susana não faz muita diferença hoje. Para os antigos semitas, porém, os nomes humanos vinham carregados de significação espiritual. Todos os nomes semitas tinham significado e normalmente consistiam em uma expressão ou pequena oração que expressava um desejo ou gratidão, por parte do pai. Por exemplo, Daniel significa "Deus é juiz"; Joel significa "Yahweh é Deus" e Natã, "presente de Deus".

Por causa do significado dos nomes, estes eram freqüentemente mudados para refletir uma mudança radical na vida e nas circunstâncias de alguém.

2. Leia os textos seguintes. A que situações eles se referem, e por que os nomes foram mudados nessas situações?

Gên. 32:28 Gên. 41:45 Dan. 1:7

Em certo sentido, porém, não é tão difícil, mesmo para as mentes modernas, entender o significado do nome pelo qual uma pessoa é chamada. Existem efeitos sutis, e às vezes não tão sutis. Se alguém for chamado constantemente de "burro" ou de "feio", e se esses apelidos forem usados o tempo todo por muitas pessoas - mais cedo ou mais tarde esses nomes podem ter um impacto na maneira como a pessoa se considera.

Pensando nisso, não é difícil entender por que Deus queria mudar o nome de Abrão para Abraão. Abrão quer dizer "O Pai é exaltado"; Deus mudou o nome para Abraão, que significa "Pai de uma multidão". Quando você olha para a promessa da aliança, na qual Deus diz "Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti" (Gên. 17:6), a mudança do nome faz mais sentido. Talvez fosse o modo de Deus de ajudar Abraão a confiar na promessa da aliança que Deus estava fazendo com ele. Em resumo, Deus fez isso para ajudar a aumentar a fé de Abraão nas promessas de Deus.


Quarta Ano Bíblico: Êxo. 16 e 17


Fases da aliança

Leia Gênesis 12:1 e 2. Nesses dois versos, é revelada a primeira fase da promessa da aliança de Deus a Abrão (houve três). Deus abordou Abrão, deu a ele uma ordem, e então lhe fez uma promessa.

A abordagem mostra como Deus escolheu bondosamente Abrão para ser a primeira figura importante de Sua aliança especial de graça.

A ordem envolve a prova de total confiança em Deus (Heb. 11:8).

A promessa (Gên. 12:1-3 e 7), embora feita especificamente para os descendentes de Abrão, em última instância inclui uma promessa para toda a humanidade (Gên. 12:3; Gál. 3:6-9).

3. A segunda fase da aliança de Deus com Abrão aparece em Gênesis 15:7-18. Em que versos encontramos alguns dos mesmos passos que apareceram na primeira fase?

A abordagem de Deus ao homem? Versos?
O chamado à obediência humana? Versos?
A promessa divina? Versos?
No ritual solene da fase dois, o Senhor apareceu a Abrão e passou entre os pedaços cuidadosamente organizados de animais. A vida dos animais garantia a vida daqueles que participavam da aliança. Esta prática esteve em vigor por muitos séculos, pois a encontramos em vigor no tempo de Jeremias.

4. Descreva o que aconteceu durante a terceira fase da aliança divina com Abraão. Veja Gên. 17:1-14.

O significado do nome Abraão sublinha o desejo e plano de Deus de salvar a todos os povos. As "muitas nações" incluíam tanto os judeus como os gentios. O Novo Testamento deixa abundantemente claro que os verdadeiros descendentes de Abraão são os que têm a fé de Abraão e que confiam nos méritos do Messias prometido. (Veja Gálatas 3:7 e 29.)

5. Leia Apocalipse 14:6 e 7, a mensagem do primeiro anjo. Que semelhanças você vê entre o que o anjo está dizendo e o que aconteceu na aliança com Abraão? Como se pode dizer que os assuntos são os mesmos?


Quinta Ano Bíblico: Êxo. 18-20


Obrigações da aliança Gên. 18:19

Como vimos até agora, a aliança é sempre uma aliança de graça, onde Deus faz para nós o que nunca podemos fazer por nós mesmos. Não é diferente na aliança com Abraão.

Em Sua graça, Deus escolheu Abraão como Seu instrumento para ajudar a proclamar o plano da salvação ao mundo. Mas o cumprimento, por parte de Deus, das promessas da aliança estava ligado à disposição de Abraão agir com justiça e obedecer pela fé. Sem essa obediência da parte de Abraão, Deus não o poderia usar.

Gênesis 18:19 demonstra como a graça e a lei estão relacionadas. O texto começa com graça ("Eu o escolhi") e é seguido do fato de que Abraão é alguém que obedecerá ao Senhor e fará com que sua família também obedeça. Fé e obras, então, aparecem aqui em íntima união, como devem. (Veja Tiago 2:17.)

6. O que esse verso está dizendo sobre a obediência de Abraão? A aliança poderia ser cumprida sem ela? Explique sua resposta. Gên. 18:19

As bênçãos da aliança não podiam ser apreciadas ou mantidas a menos que certas condições fossem cumpridas pelos beneficiários. Embora as condições não fossem necessárias para estabelecer a aliança, deveriam ser a resposta de amor, fé e obediência.

Quebrar a aliança, pela desobediência, é deslealdade a uma relação estabelecida. Quando a aliança é quebrada, o que é quebrado não é a condição de favor mas a condição de cumprimento.


Sexta Ano Bíblico: Êxo. 21-23


Estudo Adicional

Leia Gênesis 17:10 para descobrir qual era o sinal da aliança de Deus com Abraão. A circuncisão "estava destinada: (1) a distinguir a descendência de Abraão dos gentios (Efés. 2:11), (2) perpetuar a memória da aliança com Jeová (Gên. 17:11), (3) nutrir o cultivo da pureza moral (Deut. 10:16), (4) representar justiça pela fé (Rom. 4:11), (5) simbolizar a circuncisão do coração (Rom. 2:29), e (6) prenunciar o rito cristão de batismo (Col. 2:11 e 12)." - SDA Bible Commentary, vol. 1, págs. 322 e 323.

De acordo com o apóstolo Paulo, a circuncisão foi recebida por Abraão como um penhor da justiça que ele recebeu pela fé em Deus (Rom. 4:11). Porém, com o passar dos séculos, a circuncisão veio a significar a salvação pela obediência à lei. No tempo do Novo Testamento, a circuncisão perdeu o significado. Ao contrário, o elemento essencial é a fé em Jesus Cristo, que leva a uma vida de obediência, transformada. Leia Gálatas 5:6; 6:15 e I Coríntios 7:18 e 19. Os verdadeiramente "circuncidados" são os que adoram a Deus a partir do coração. (Veja Filip. 3:3; Rom. 2:28 e 29.) Para ter mais informações sobre o assunto desta semana, leia de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, "A Vocação de Abraão", págs. 125-131; Atos dos Apóstolos, "Judeus e Gentios", págs. 188-200.

PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÃO:

1. Discuta a relação entre a fé e as obras. Pode existir uma sem a outra? Se não, por quê?

2. "Muitos ainda são provados como o foi Abraão. Não ouvem a voz de Deus falando diretamente do Céu, mas Ele os chama pelos ensinos de Sua Palavra e acontecimentos de Sua providência. Pode ser-lhes exigido abandonarem uma carreira que promete riqueza e honra, deixarem associações agradáveis e proveitosas, e separarem-se dos parentes, para entrarem naquilo que parece ser apenas uma senda de abnegação, dificuldades e sacrifícios. Deus tem uma obra para eles fazerem; mas uma vida de comodidade e a influência de amigos e parentes embaraçariam o desenvolvimento dos traços essenciais para a sua realização. Ele os chama para fora das influências e auxílio humanos, e os leva a sentirem a necessidade de Seu auxílio, e a confiarem nEle somente, para que Ele Se possa revelar a eles. Quem está pronto, ao chamado da Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares?" - Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, págs. 126 e 127. Comente alguns exemplos contemporâneos de pessoas que você sabe que deram ouvidos a esse mesmo chamado.

AUXILIAR e COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Esboço

Texto-chave: Gên. 17:7

Objetivos:

1. Definir o significado dos nomes de Deus.

2. Identificar a importância dos nomes.

3. Resumir as obrigações relacionadas com a aliança.

Esboço:

I. A marca registrada de Deus

A. A importância dos nomes na sociedade.

B. Identificando-nos com Deus em nível pessoal.

C. A associação de um nome com Deus.

II. O poder por trás dos nomes

A. O contrato entre Deus e a humanidade.

B. A criação de uma nação sustentada pela força da palavra de Deus.

C. Fé demonstrada por um simples nome.

III. Fases da aliança

A. A abordagem

B. A ordem para confiar

C. Promessa de redenção

IV. Obrigações contratuais

A. Regras de aceitação

B. A combinação entre livre-arbítrio e obediência.

C. A relação entre a graça e a lei

Resumo:

Deus chamou Abraão para uma relação especial de aliança muito semelhante à de Noé. Mas, pela aliança com Abraão, Deus fixou os fundamentos de nossa aliança de salvação.

Comentário

Em Gênesis 15:7, Deus dá a Abraão Sua própria identificação como Yahweh, o Deus pessoal. Como Abraão poderia achar que sua vida não interessava a Deus quando o próprio Deus Se apresentava como o Deus pessoal de Abraão? No mundo religioso, existe uma tendência enganosa e trágica de evitar que Deus seja o Gerente de nossa vida.

I. Yahweh e a aliança com Abraão

A aliança afirmava a submissão de Abraão à direção divina sobre seus assuntos mais pessoais. Como Abraão poderia receber os benefícios dessa aliança enquanto mantinha uma atitude egocêntrica? Ao estudarmos Abraão, existe a tendência de perdermos de vista que a aliança com Abraão tinha tudo a ver com uma fé que se manifestava pelas obras!

II. El-Shaddai

Este termo aparece pela primeira vez no texto hebraico de Gênesis 17:1 e 2, associado com Abraão. Entre os eruditos, El-Shaddai foi extraído de uma premissa exegética: "A palavra referente a Deus aqui é El de El-Shaddai Deus todo-poderoso. Nos... estudos... o nome Elohim deriva principalmente desta palavra El, que dá a idéia de poder, potência, onipotência, transcendência, o nome relacionado especialmente com a Criação. Aprendemos que a palavra El é corretamente traduzida por Deus mais de 200 vezes na Bíblia com esse significado geral. ... É a palavra... do Deus poderoso, incomparável. É a palavra geralmente usada para denotar o poder de Deus para intervir. ...

"Quando está ligado à palavra peito, o título Shaddai significa Aquele que alimenta, supre, satisfaz. Ligado com a palavra para Deus, El, torna-se Aquele que tem poder para nutrir, satisfazer, suprir. Naturalmente... chega a significar Aquele que derrama e despeja alimento e bênçãos. Neste sentido, então, Deus é o Todo-suficiente, o Todo-abundante." Nathan Stone, Names of God, págs. 32 e 34. (Leia Gên. 49:24 e 25; Isa. 60:15 e 16; 66:10-13.)

III. De Abrão a Abraão

Em Gênesis 17:3-5, a mudança de nome aqui indicava uma mudança de relação. Deste modo, tinha sido estabelecida uma relação superior. "Abrão foi o primeiros de vários homens cujo nome Deus mudou. Os nomes tinham importância muito maior para os antigos do que para nós. Todos os nomes semitas têm significados, e normalmente consistem em uma expressão ou oração que expressa desejo ou gratidão, por parte do pai. Devido à importância que as pessoas davam aos nomes, Deus mudou o nome de certos homens para fazê-los harmonizar-se com sua experiência, passada ou futura. Abrão, que significava Pai exaltado não aparece assim em nenhum outro lugar na Bíblia, mas é encontrado sob a forma de Abirão, significando meu pai é exaltado (veja Núm. 16:1; I Reis 16:34)." Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 1, pág. 321.

IV. Fases da aliança

"Deus estabeleceu uma aliança com Abraão em três fases. A primeira está registrada em Gênesis 12:1-3; a segunda em Gênesis 15:1-21; e a terceira em Gênesis 17:1-14." Hasel, pág. 35. Em Deuteronômio 10:16, esta aliança também estava simbolizada no sinal da circuncisão: "Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz."

O termo circuncidar na terminologia hebraica significava cortar o prepúcio de um menino hebreu (em nossos dias existe uma cirurgia semelhante, geralmente feita para corrigir um problema conhecido como fimose), no oitavo dia depois do nascimento. Assim, o significado espiritual do número oito representa regeneração espiritual, em um Yahweh de novos começos! Com a idéia de que o prepúcio da mundanidade de Israel deveria ser eliminado, este sinal espiritual representava a submissão do Israel leal a Yahweh. A partir de então, o Israel antigo recebeu um convite divino para participar de uma relação renovada com Yahweh.

V. Obrigações da aliança

"Pois Eu o tenho conhecido, de forma que seja o que ele ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, mesmo assim eles guardem o caminho de Jeová, para fazer justiça e juízo; com a intenção de que Jeová faça a Abraão o que falou a seu respeito." (Gên. 18:19), The Interlinear Hebrew-Aramaic Old Testament, vol. 1, pág. 40. A beleza desta passagem é que ela está plena da ousadia divina de El-Shaddai para cumprir o que a incredulidade considera tão impossível. Foi a percepção da presença de Deus que capacitou Abraão a educar Isaque com sabedoria equilibrada. Assim, depois que o nome de Abraão foi engrandecido, sua abnegação ficou cada vez mais evidente. Como? O egoísmo fora consumido pela submissão à vontade divina a ponto de estar disposto a considerar seu único filho como oferta de sacrifício. Conseqüentemente, a fé que Abraão depositava no poder de Yahweh para ressuscitar se tornou um paradigma da mordomia nos arquivos celestiais da propriedade cósmica. Deste modo, a primeira "oferta" de Abraão simbolizava que "não existe nada precioso demais para ser dado a Deus". Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.094.

Para Abraão, "este era o principal motivo para dar ao lugar desse evento o nome de Jeová-jireh. Era uma lembrança constante da graça maravilhosa do Jeová que havia operado essa libertação. ... Que grande e gloriosa libertação foi a que a graça de Jeová proveu, e quão inesperada e dramática! Os extremos do homem são a oportunidade de Deus, não só para libertar mas também para ensinar lições maravilhosas de Seu propósito e providência". Nathan Stone, págs. 62 e 63.


Estudo Indutivo da Bíblia

Textos: Gênesis 17:1-5; Deuteronômio 10:13; João 14:7

1. De muitas maneiras Deus tenta comunicar a nós a verdade sobre Sua natureza e Seu caráter. Como é possível adquirirmos conceitos distorcidos, falsos e até perversos sobre como Deus é? Como podemos corrigir essas distorções?

2. Em Gênesis 17:1, Deus é chamado de El Shaddai, ou Deus todo-poderoso. Como você responderia se alguém afirmasse que é impossível que Deus seja bom e todo-poderoso ao mesmo tempo? Existe alguma contradição, ou esses atributos confirmam um ao outro?

3. Em Gênesis 17:4 e 5, Deus mudou o nome de Abrão para Abraão ("pai de muitas nações"). Em que sentido é possível que pessoas de diversas origens sejam descendentes de Abraão?

4. Se Deus é todo-misericordioso e todo-perdoador, por que a obediência aos Seus mandamentos ainda é necessária para os que estão em aliança com Ele? Ele precisa de nossa obediência, ou somos nós que precisamos ser obedientes?


Testemunhando

Muitos artistas retratam Cristo como um ser fraco e passivo. Em suas pinturas, esculturas e outra formas de arte, parece que esqueceram que Ele sempre estava pronto para ajudar as pessoas que precisavam. Em todos os Evangelhos, lemos freqüentemente de Sua compaixão (Mat. 9:36; 20:34; Mar. 1:41; 8:2; Luc. 7:13; 10:33; etc.)

Muitos outros também fazem um retrato incorreto de Deus. Eles O consideram cruel, vingativo e sem amor. Mas é assim mesmo o tipo de Pai que enviou Seu Filho para morrer como um criminoso a fim de salvar a humanidade?

Quando seus vizinhos, colegas de trabalho e amigos ouvem o nome de cristão especialmente associado com o seu nome que características vêm à mente deles? Eles consideram você como uma pessoa amorosa, amável, semelhante a Cristo e Seu Pai? Como poderemos retratar melhor essas características em nossa vida cotidiana, e como poderemos servir como testemunhas do Salvador do mundo?



Aplicações à vida diária

Ponto de Partida:

A diferença entre o médico extraordinário e um bom médico é a capacidade de lembrar de nomes e rostos, além de problemas médicos. Em vez de se lembrar da doença, o médico extraordinário se lembra da mulher ansiosa por se recuperar a fim de poder cuidar de seu recém-nascido. Em lugar de se lembrar do osso quebrado, o médico extraordinário se lembra do homem preocupado em não perder o emprego. Nomes e pessoas, Jesus é assim.

Perguntas para consideração:

1. Existem capítulos inteiros da Bíblia cheios de nomes e suas relações. Naquele tempo, a sociedade levava os nomes a sério. Sob esta ótica, explique as implicações psicológicas e espirituais de Deus ter mudado o nome de Abrão para Abraão. Por que Deus Se importou em explicar o significado de Seu próprio nome? Qual era a importância do significado do nome de Deus para Seus companheiros na relação de aliança?

2. Nos tempos bíblicos, a mudança de um nome freqüentemente trazia uma mudança de condição. Como aplicar este fato ao que acontece quando você nasce de novo?

3. Onde nos colocamos na santa presença de Deus depende da intimidade com que O conhecemos. As promessas de Deus são gestos de intimidade. Como deveríamos responder a elas?

Perguntas de aplicação:

1. Conforme Abraão viajava por terras estranhas e distantes, sua aliança com Deus era fonte de encorajamento e companhia. As promessas de Deus têm o mesmo valor para nós hoje? Compartilhe com a classe sua promessa favorita e fale sobre uma ocasião em que essa promessa fez a diferença entre o sucesso e o fracasso em seu crescimento espiritual.

2. A Bíblia dá a Jesus muitos títulos. Escolha um que seja mais significativo para você. Escreva dez razões por que considera esse título especial. Leia sua lista para a classe como testemunho do que Jesus significa para você.

3. Jesus não apenas conhece o seu nome; Ele conhece cada pensamento seu e até tem conhecimento de cada cabelo que cai de sua cabeça ou que fica branco. Este pensamento faz você sentir-se desconfortável ou seguro? Explique. Se houvesse uma coisa que pudesse esconder dEle, o que seria? Por quê?

Os Comentários:

COMENTÁRIO I

É impressionante o atrativo do pecado sobre os seres humanos, e é difícil entender que mesmo após a terrível manifestação de Deus contra o pecado através do dilúvio, os homens ainda continuassem desprezando as advertências do Senhor. Mas, mais impressionante ainda, é o amor de Deus pelo homem, que é sempre objeto da Sua atenção e perdão.

Apesar do alastramento do pecado após o dilúvio, o Senhor não deixou o homem à satânica jurisdição mas chamou Abraão e fez aliança eterna com ele a fim de que fosse o Seu instrumento de advertência para a humanidade pecadora. Através de Abraão, Deus desejava estabelecer um povo a quem pudesse confiar um conhecimento de Si mesmo e dar salvação. Mas, o que é mais significativo, por meio dessa nação escolhida viria o Redentor do mundo, Jesus de Nazaré. Em Gênesis 15:7 Deus Se dirige a Abraão e diz: "Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos Caldeus, para dar-te por herança esta terra". É importante observarmos que Deus Se dirige a Abraão identificando-Se com Seu nome pessoal: "Yahweh", correspondente a "Ego Eimi" no Novo testamento, que significa "Eu sou".

Entre os orientais, o significado dos nomes era muito relevante, pois indicava os atributos de quem os possuía. Este nome "Yahweh" é muito significativo porque relaciona Deus com o verbo "ser" e não com o verbo "estar". O verbo "ser" indica um estado de "permanência", "estabilidade", enquanto o verbo "estar" indica o contrário, ou seja, algo "passageiro" e "transitório". Deus usou este mesmo nome ao identificar-Se com Moisés, quando disse: "Eu sou o que sou" (Êxodo 3:14). Este título aponta para o Senhor como o Deus vivo, a Fonte de vida, em contraste com os deuses pagãos, que não tinham existência a não ser na imaginação dos seus adoradores. O objetivo de Deus ao apresentar-Se a Abraão desta forma era assegurar-lhe de que quem estava fazendo a aliança era fiel e tem poder ilimitado para cumprir o que promete.

Este tetragrama YHWH, que aparece 6.828 vezes no Antigo Testamento, era uma revelação que Deus desejava fazer de Si mesmo e, por Si, resumia todos os atributos de Deus, sendo, portanto, Seu principal nome. Desta forma, Deus queria deixar claro a Abraão que na base da aliança está um Deus ilimitado ao tempo e espaço, isto é, eterno, como o verbo "ser" bem caracteriza.

Quando Abraão atingiu a idade de noventa e nove anos, o Senhor apresentou-Se a ele com um outro nome dizendo: "Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda na Minha presença e sê perfeito" (Gên. 17:1). O nome usado aqui é "El Shaddai", que consiste de "El", o nome básico para Deus usado entre os semitas, e "Shaddai", que significa "Todo-poderoso". Dirigindo-Se a Abraão desta forma, Deus objetivava contrastar Seu poder com a fraqueza humana.

A tradução de "Shaddai" por todo-poderoso remonta a tempos antigos, a pelo menos até a Septuaginta "LXX" (versão do Velho Testamento em hebraico para o grego), que traduz "Shaddai" por "pantokrator", ou seja, "Todo-poderoso". "El Shaddai" é um de uma série de nomes divinos que começam com "El", "Deus": "El Olan", "Deus eterno" (Gên. 21:33); "El Elyon" "Deus Altíssimo" (Gên. 14:18); "El Elohe Yisrael" "Deus, o Deus de Israel" (Gên. 33:20); "El Betel" "O Deus de Betel" (Gên. 31:13).

Na condição de "El Shaddai", Deus Se manifestou a Abraão (Gên. 17:1), a Isaque (Gên. 28:3) e a Jacó (Gên. 35:11; 43:14; 48:3). O contexto da maioria dessas referências é a aliança, mais precisamente a estipulação de obediência e fidelidade por parte do homem e a promessa de bênçãos e descendentes por parte de Deus. Não foi para os montes (que são um fenômeno da natureza) que esses homens de fé olharam em busca de confiança, mas para o Senhor desses montes, o Senhor da montanha (Sal. 121:1 e 2).

Provavelmente, para ajudar Abraão a confiar na promessa da aliança que Deus estava fazendo com ele e aumentar a sua fé, o Senhor lhe disse: "Quanto a Mim, será contigo a Minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí" (Gên. 17:4 e 5). Aqui Deus estabeleceu um vínculo definido entre Ele mesmo e Abraão em vista das grandes bênçãos que Ele traria. E, em virtude disto, Deus lhe deu um novo nome, isto é, uma divina honra.

É uma elevação espiritual quando o próprio Deus dá um novo nome; é como um Rei que dá um título ou uma recompensa ao seu súdito. Abrão "Pai exaltado" expressa que ele era pessoalmente a cabeça da família da fé; mas Abraão é muito mais significativo, pois expressa a grandeza da família, isto é, "Pai de uma multidão"; Abraão não deveria ser apenas pai de uma multidão de indivíduos, mas de uma multidão de nações; Deus multiplicaria a semente da fé. Neste verso (Gên. 17:5), o Senhor desdobra o amplo e vasto resultado do princípio da fé e promessa.

A aliança de Deus com Abraão teve três fases, em três ocasiões, simplesmente como uma ratificação da aliança. Deus desejava dar segurança a Abraão. A primeira fase foi quando o Senhor chamou Abraão de Ur dos Caldeus (Gên. 12:1 e 2), a segunda foi quando Deus animou a Abraão e lhe prometeu um filho (Gên. 15:7-18), e a terceira e última aconteceu por ocasião da mudança do nome de Abrão para Abraão (Gên. 17:1-14).

É interessante observarmos que nestas três fases da aliança de Deus com Abraão encontramos os mesmos passos que as caracterizam: a) uma abordagem; b) uma ordem; c) uma promessa. Aliás, em todas as Escrituras, encontramos sempre esta seqüência no relacionamento de Deus com a humanidade, ou seja, antes de qualquer ordem ou imperativo, vem o relacionamento com Deus. Antes de Deus dar a Sua lei no Sinai, por exemplo, Ele quis estabelecer uma relação de Pai e filho com o Seu povo, de Libertador, ao dizer: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão" (Êxo. 20:2). Em seguida, nos versos 3-17, vieram as Suas ordens, ou seja, Seus mandamentos.

No Novo Testamento lemos que antes de Jesus dar qualquer ordem aos Seus discípulos "designou doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar" (Mar. 3:14). Eles deveriam primeiramente experimentar o companheirismo com Cristo, ser habilitados por Ele, para daí então cumprirem a Sua ordem de ir e pregar. Em outra ocasião Jesus lhes disse: "Vinde após Mim, e eu vos farei pescadores de homens" (Mat. 4:19). Portanto, antes do "Ide" existe o "Vinde", sem o qual nada daria certo. Quando Jesus disse: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos" (João 14:15) estava colocando a ordem correta na Sua aliança com os homens, isto é, antes de qualquer imperativo vem os indicativos. Esta seqüência: relacionamento, imperativo e promessa, evidente na aliança de Deus com Abraão, tem sido também a base de todas as demais alianças. Os "indicativos" antes dos "imperativos" devem também ser a nossa realidade hoje. Só após uma experiência pessoal e vivencial com Cristo é que nos encontramos em condições para obedecermos as Suas ordens.

Como vimos até agora, a graça de Cristo e a obediência do homem estão entrelaçados na aliança. Em Sua graça, Deus escolheu Abraão como Seu instrumento para ajudar a proclamar o plano da salvação ao mundo. Mas o cumprimento, por parte de Deus, das promessas da aliança estava ligado à disposição de Abraão agir com justiça e obedecer pela fé. Sem essa obediência da parte de Abraão, Deus não o poderia usar.

Comentando sobre a relação entre a graça e a obediência, Ellen G. White afirma que "a mesma lei que fora gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo Espírito Santo nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue expia os nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então o coração renovado pelo Espírito Santo produzirá os 'frutos do Espírito'. Mediante a graça de Cristo viveremos em obediência à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo profeta Ele declarou a respeito de Si mesmo: 'Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a tua lei está dentro do Meu coração.' Sal. 40:8. E, quando esteve entre os homens, disse: 'O Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada' João 8:29" Patriarcas e Profetas, pág. 372.

Quando nos sentirmos sós, desanimados, em que o dissabor mortifica a nossa alma e a morte parece preferível à vida, lembremo-nos de que, pela graça de Cristo, podemos sacudir o pó da poeira e dar a volta por cima, porque o Senhor fez uma aliança conosco baseada em nosso relacionamento com Ele, obediência e conseqüentes bênçãos; e Ele empenha o Seu próprio nome nisto. Se este binômio: "amor a Deus e guarda dos Seus mandamentos" for o lema da nossa vida, certamente que as bênçãos virão, e não tardarão.

Dr. Paulo Cilas da Silva

COMENTÁRIO II

Estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu DEUS e da tua descendência (Gen. 17:7).

O comentário de sábado à tarde, na lição, está muito adequado e bonito para ser aplicado aos nossos dias. Tentemos explora-lo ainda mais. Vemos um DEUS, Criador, cujo principal atributo é a essência de Seu caráter: amor. Ele faz, ou seja, cria para amar, e quer que suas criaturas se amem e O amem. Só em saber isso já seria o suficiente para desejar estar sob a tutela de um DEUS assim.

Agora mudemos a cena. Ele, capaz de criar seres vivos e tudo o que deseja para tornar esses seres felizes, ao longo dos tempos, vem criando mundos habitados por seres à Sua imagem e semelhança. Ele, DEUS e Pai Criador, quer filhos, por isso os cria. Ele quer um Universo ocupado por seres humanos felizes, despreocupados com o que quer que seja, ligados exclusivamente ao que é bom. Com essa finalidade, criou a vida no planeta Terra, que antes disso era vazia e sem forma. Aqui Ele fez um jardim, a morada do casal inicial, e cobriu a terra de belezas naturais, plantas e animais. Tudo numa maravilhosa harmonia, lugar em que ninguém possuía conhecimento do mal, que não interessa conhecer. Era um lugar de felicidade sem suspeita da possibilidade do mal. Estava-se iniciando uma nova civilização. Esse mundo, para DEUS, era como um novo filho, ou melhor, uma nova família, que encheria a Terra de filhos e filhas, todos na mesma harmonia de felicidade.

Então acontece a intromissão do pecado e suas dramáticas conseqüências. É o fim da felicidade, e o início de uma luta diária pela vida, até que chegue a morte. Produz uma história de alguns milhares de anos de muito sofrimento. Agora vem a questão: como o DEUS de amor está se sentindo?

Nesse contexto, é muito adequado o cenário de um Criador ao lado da cama do doente. Ele nos acompanha durante esses séculos todos, e não está indiferente. Ele continua amando a humanidade, mas por razões óbvias, odeia o pecado, que colocou seus filhos nessa situação. Vemos um DEUS Pai, debruçado sobre o planeta, propondo alianças e mais alianças para nos favorecer, mas a maioria se mostra indiferente ao que Ele propõe. Vemos o amor se derramando em nossa direção, não desistindo enquanto há esperança. Percebemos claramente que Ele quer ser o nosso DEUS e da nossa descendência, para todo o sempre. Ele não quer nos perder, pois Ele é amor.

Yahweh e a aliança com Abraão

Disse-lhe mais: Eu Sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra (Gen. 15:7).

Aqui vemos um DEUS de amor em ação. Não foi essa a única vez em que Ele estava agindo. Na verdade, DEUS está agindo o tempo todo, nós é que não podemos ver. Quando DEUS ordenou que Abrão saísse de Ur, na verdade estava livrando Abrão e sua esposa, bem como sua futura família da tragédia da idolatria que ali se abatia. Os idólatras já haviam abandonado a DEUS. Mas havia um remanescente de adorador verdadeiro, e esse foi preservado pelo poder de DEUS. Tornando Abrão um errante em terra estranha, foi assim afastada a influência da idolatria que se alastrava por todas as nações. No tempo em que Abrão foi chamado faziam apenas pouco mais de 400 anos da ocorrência do dilúvio, e já outra vez a humanidade enveredava por caminhos que conduziam para longe do DEUS de amor. E DEUS foi atrás, queria salvar ao menos um remanescente, e foi o que fez.

Abrão obedeceu. DEUS fizera com ele uma aliança, no futuro dele viria uma grande nação. Dessa nação, sairia o Salvador da humanidade, e a nação deveria ser exemplo de fidelidade ao DEUS Criador. Aqui vemos, num sentido concreto, o Criador que é puro amor, cuidadosamente debruçado sobre a humanidade, fazendo tudo para que essa humanidade não se perdesse de todo. Assim esse querido DEUS vem cuidando do remanescente ao longo da história do pecado, e devemos agradecer a Ele, pois não fosse esse cuidado, hoje não teríamos esperança de vida eterna.

Quando DEUS Se tem apresentado para propor alianças, Ele tem com freqüência mostrado algo de Seus atributos. Ele tem mostrado Seu incrível poder misturado com Sua incrível misericórdia. Isso nos diz que Ele pode, é capaz, e que é bom, sempre trabalha para bons propósitos. Portanto, Ele é confiável, podemos depositar fé nEle, pois tanto pode quanto é bom. Assim Ele Se apresentou a Abrão com o seu glorioso nome, cuja importância se destaca na lei moral. Ele se chama YAHWEH, cujo significado é: EU SOU O QUE SOU.

Impressionante definição do nome de DEUS. Significa que Ele é incomparável, que não existe ninguém igual a Ele muito menos superior. Significa que não existe ninguém que se aproxima dEle em seus atributos. Todos os demais seres são finitos, mas Ele, YAHWEH é infinito. E em todos os seus atributos, o amor está presente como o atributo que define a todos os demais. Por exemplo, DEUS é totalmente justo, mas exerce justiça com misericórdia, por causa do amor. Como será bom estudar o que DEUS é ao longo da eternidade.

Se os leitores me permitem, gostaria de enveredar por um campo em que não encontramos respostas, mas encontramos outra coisa muito interessante: a grandeza de DEUS. São perguntas para as quais não temos respostas, nem devemos procura-las, mas elas são boas para que admiremos o quanto DEUS é grande. De fato, se DEUS fosse de todo compreensível a nós, finitos e ainda por cima mortais, então Ele não seria assim tão poderoso.

ð De onde vem DEUS, como se explica a Sua pré-existência eterna?

ð Quando ele iniciou a criação no Universo, e o que existia antes disso?

ð Quem Ele criou primeiro?

ð Como foi o princípio da criação de todas as coisas?

ð Como DEUS conhece o futuro nos mínimos detalhes, a ponto de, com segurança, nos poder garantir que a angústia não se levantará pela segunda vez? Isso significa que Ele conhece o futuro eternidade afora.

ð Como Ele consegue conhecer nossos pensamentos, e o de todos os seres existentes do Universo?

ð Como ele consegue estar em todos os lugares ao mesmo tempo?

ð Como é tão poderoso para sustentar o Universo, que talvez seja infinito em tamanho, e isso não Lhe cansa, nem lhe tira algo de Sua atenção?

ð Como Ele concilia o livre-arbítrio com seu conhecimento sobre o futuro?

Essas são algumas perguntas para as quais só temos uma resposta, vinda da Bíblia, que transcrevemos. ...e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações! (Apocalipse 15:3). Diante de tais perguntas, só podemos admitir uma coisa: QUÃO GRANDE ÉS TU. DEUS sempre será motivo para estudo, sempre estaremos descobrindo mais sobre Ele, e quanto mais soubermos, mais ainda haverá para estudar. Ele nunca será totalmente compreensível, pois nós somos finitos, e Ele é infinito, nós sempre seremos finitos e Ele sempre infinito. Mas de tudo o que dEle podemos nos admirar, os mais admirável é que Ele é infinitamente amor. A tragédia do pecado está revelando o quanto o amor é necessário para a vida e para a felicidade, e o quanto todos e tudo depende de Quem é a fonte do amor. O que Ele já revelou a Seu respeito é simplesmente encantador, como será bom estuda-lo, aprender dEle, e ser cada vez mais semelhante ao que Ele é.

El Shaddai

Quando atingiu Abraão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o DEUS todo-poderoso; anda na Minha presença e sê perfeito (Gen. 17:1).

Quando DEUS apareceu a Abrão para completar sua aliança, que antes vinha anunciando, Ele Se apresentou como El Shaddai, ou seja, o DEUS todo poderoso, aquele que pode tudo. A aliança agora suprida com promessas veio precedida do anúncio da capacidade de cumprir o que prometia.

O que DEUS pediu a Abrão?

ð Que este andasse na Sua presença, ou seja, que seu comportamento fosse aceitável a DEUS;

ð Que Abrão, portanto, fosse perfeito;

ð DEUS faria aliança com Abrão;

ð Ele multiplicaria grandemente os descendentes de Abrão;

ð Que viria a ser pai de uma grande nação;

ð E se tornaria grandemente frutífero.

O que DEUS prometeu nos itens acima requer muito poder para cumprir. Está nos três últimos itens. Quem é capaz de formar um grande nação a partir de um único casal? O que deveria ter sido com Adão e Eva, depois com Noé e sua esposa, agora estava sendo feito com Abrão e Sara. Estava sendo formado um povo para o qual o Criador seria DEUS, e esse aspecto é peculiar. A idolatria, uma das estratégias de guerra de satanás contra a verdadeira adoração, hoje espalhada pelo mundo inteiro, quer pela idolatria clássica, que pela cristã, em forma de santos mortos que são adorados, nos tempos de Abrão, ameaçava tornar-se universal. O homem aviltava-se adorando deuses que não eram capazes de fazer coisa nenhuma, deuses que precisavam ser carregados, e que não salvavam. Nesse contexto, o Criador Se apresenta como o Todo Poderoso, diferente dos demais deuses. Ele estava disposto a mostrar, pelos Seus atos, tendo um povo como instrumento de demonstração, quem é DEUS de verdade. O DEUS de verdade estava arriscando Sua reputação por meio de um povo que formaria a partir daquele casal.

Ao DEUS iniciar a história de Seu povo peculiar (ou seja, que deveria servir de demonstração do DEUS verdadeiro e servir também de exemplo da verdadeira adoração, ensinando a todos os povos como se adora o Criador) satanás tremeu. Ele logo realizou planos para frustrar o intento de DEUS. Expandiu a idolatria naquela região ao extremo, embutindo imoralidade no culto. Isso fez em Canaã e no Egito, mas também na Mesopotâmia. Ele cercou a região com culto pagão. Por isso, o projeto de DEUS não poderia ser levado até sua plenitude por um DEUS fraco, mas, só por um Todo Poderoso. Abrão sabia disso, sentia o ambiente hostil de adoração, e recebeu de DEUS a garantia do poder necessário para o empreendimento que fazia parte da aliança. Tratava-se de um projeto ousado pelo contexto hostil em que se deveria desenvolver, mas DEUS garantiu o poder para levar a aliança adiante. Sabemos que satanás atacou o povo de DEUS por muitos meios, principalmente pela idolatria. Isso aconteceu até que o povo foi deportado para Babilônia. Essa foi a guerra que este povo enfrentou, e pelo poder de DEUS, respeitando a liberdade de todos. O povo peculiar chegou até os tempos de JESUS. Pela igreja por Ele fundada, chega até os nossos tempos. Se existe hoje um povo, isto é, uma igreja, que adora conforme DEUS estabeleceu, é porque o poder com que DEUS Se anunciou a Abrão de fato é real, e está a nossa disposição também em nossos dias.

De Abrão a Abraão

Quanto a Mim, será contigo a Minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome e sim Abraão; por pai de numerosas nações te constituí (Gen. 17: 4 e 5).

Hoje, nos tempos modernos, os nomes geralmente são escolhidos pelo charme da pronuncia. Deve ser uma pronuncia bonita, elegante, diferente, ou então, famosa. Alguns escolhem nomes de artistas, de ídolos de futebol ou do cinema, ou de pessoas de fama internacional. A antiga cultura de ligar o nome com o que desejavam que fosse o caráter da pessoa perdeu-se no tempo. Mas alguns nomes, ainda hoje, são escolhidos dessa maneira antiga.

No entanto, mesmo com essa mudança, não havendo ligação de nome com significado, é inevitável, na prática, dissociar o nome do caráter. Com o tempo, a pessoa vai formando um conceito, e seu nome passa a significar esse conceito, e tudo volta aos tempos de antigamente. E não há como escapar disso, com a diferença de que o processo de associação do nome com esse conceito foi invertido: a pessoa mesma o criou. Por exemplo, ao pronunciar o nome de alguém, de imediato nos vem à mente, coisas como: esse é honesto, ou aquele é amável, ou esse outro é bom profissional, coisas assim. Há casos, em que de imediato lembramos, esse é mentiroso, ou cuidado com ele ou com ela, aquele é muito brabo, o outro tem o dom da diplomacia. Associamos o conceito ao nome, pois é o nome que identifica de quem estamos falando. Há casos famosos, como por exemplo, Einstein, sabemos ser um grande cientista; Pelé, um grande jogador bem comportado. Cada pessoa, em relação ao seu nome, conforme vai vivendo, vai construindo na mente de outras pessoas, um conceito que se associa com o nome.

Portanto, os antigos, nesse ponto, se mostravam bem mais sábios. Os pais já tentavam antecipar um conceito positivo para o caráter de seus filhos. Eles geralmente colocavam o conceito desejado no nome e depois educavam em coerência com o nome dado, o que desejavam que o filho ou filha fosse. Naturalmente, os filhos tinha sua liberdade quanto ao que ser na vida, mas o caráter, os princípios nele contidos, isso é responsabilidade dos que educam, portanto, em primeira mão, responsabilidade dos pais.

DEUS, como Pai que é, e educador que também é, transformador de caráteres, por vezes trocou os nomes dos personagens que escolhia para servirem como instrumentos Seus. Isso Ele fará quando por ocasião das transformação na segunda vinda de CRISTO. Receberemos um novo nome, segundo o desejo de caráter de nosso Pai Criador.

Abrão recebeu o nome de Abraão, adequado para o grande projeto que DEUS tinha em mente na formação da aliança com Abrão. Abrão, nome escolhido por seu pai biológico Terá, que significava O Pai exaltado foi por DEUS, o Pai Criador trocado por Abraão, que significa Pai de uma multidão. Curioso, o primeiro nome de Abrão nem chegou a se tornar uma realidade, pois Ele não teve, sob esse nome, nem ao menos um filho. Mas, sob o segundo nome, teve um filho, o da promessa (Abrão teve como filho também Ismael, e depois, tendo Sara falecido, com a segunda esposa, teve vários filhos). O filho da promessa, ou filho da aliança era Isaque, que teve dois filhos, mas só um deles, Jacó, veio a ser Israel, pai dos doze filhos que formaram as doze tribos de Israel, a nação prometida a Abrão.

Assim, ainda hoje o nome contém significado, as vezes fraco, incerto, débil, outras vezes forte, positivo ou negativo. Nos tempos antigos, a pessoa, pela sua vida, confirmava ou não seu nome. Hoje, a pessoa é responsável por construir um bom nome, pelo qual se torna um vencedor, tanto na vida profissional como na espiritual. Nosso nome é nossa marca, onde se encontra nossa identidade. Pronuncie um nome qualquer de pessoa conhecida, e veja-se não associa de imediato características de caráter. Experimente um político para ver o que acontece, embora hajam nessa atividade bons nomes. Assim como o nome de Abrão foi trocado para Abraão, assim também, hoje, pela transformação, as pessoas que nos conhecem podem perceber que, mesmo mantendo o mesmo nome, que hoje já não carrega mais significado direto, pode ter alterado para bem melhor o conceito que com ele vinha anexado.

Fases da aliança

Ates de estudarmos as fases da aliança, é interessante que mencionemos algo sobre quem a propõe, que é DEUS, o Todo-poderoso. Esse aspecto, Todo-poderoso é muito importante. DEUS reúne atributos que formam um Ser incomparável. Por exemplo, Ele reúne infinito amor e também infinito poder, além de outros atributos que não conhecem limites. Portanto, por isso, sabemos que a Sua vontade é sempre boa, e é sempre possível que Ele a cumpra.

Assim, tudo o que Ele deseja, Ele pode realizar, e isso é importante para nós. Já, da nossa parte, muitas vontades nossas não as podemos realizar, porque somos limitados. Por exemplo, com minha família, temos vontade de conhecer a terra santa. Mas, faltam-nos os recursos, bem como, agora, nem é recomendável, em razão da insegurança. Mas para DEUS, se também for da vontade dEle que conheçamos a terra santa, Ele pode usar do recurso da visão, como se fosse realidade, incluindo até flagrantes do tempo de JESUS, e de outras épocas; ou Ele pode nos transportar num instante para lá, e nos levar a toda a parte, como toda segurança; ou Ele pode ainda muitas outras maneiras para cumprir essa vontade. Tudo o que Ele tem vontade de fazer, Ele pode fazer, Ele não conhece limites.

Um aspecto importante, Ele sempre tem boa vontade, estamos vendo isto nesse estudo sobre as alianças com seus filhos, que Ele tanto ama. Ele é movido pelo amor, e isto O torna tão necessário a nós, pois possuis amor respaldado por poderes infinitos. Ele pode cumprir o que promete. Há mais um aspecto, Ele é também infinitamente inteligente. Portanto, pode idealizar soluções criativas por caminhos que jamais imaginaríamos existir. E isso Ele também pode tornar realidade. Não sei explicar como Ele tem todo esse poder, mas sei, e todos também o sabemos, que, felizmente é assim. Nas alianças, geralmente Ele Se apresenta como o DEUS Todo-poderoso, comunicando exatamente o que acima abordamos: Ele quer e Ele pode.

Agora, vejamos um pouco as três fases da aliança com Abraão. A primeira fase, a tônica foi: Sai da terra de teus parentes; na segunda fase, DEUS enfatizou dizendo, Eu te tirei da terra de teus parentes, serás agora peregrino em terra estrangeira; na terceira DEUS enfatizou no ponto que vinha anunciando: serás uma grande nação, portanto sê perfeito na Minha presença. Vejamos os detalhes.

Primeira fase da aliança com Abraão:

ð Sai da terra da tua parentela e da casa do teu pai...

ð Vai para o lugar que Eu te mostrarei.

ð De ti farei uma grande nação, te abençoarei e te engrandecerei. Sê tu uma bênção. Em ti serão benditas todas as famílias da terra.

A Primeira fase destaca a necessidade de uma ação corajosa de Abrão, sair do meio de seus parentes idólatras, e ir para onde DEUS o enviasse. Era necessário a separação dos idólatras, mesmo que fosse seus queridos, até de seus pais biológicos. Isso não deve ter sido fácil para Abrão, mas ele obedeceu. Essa parte da aliança significara ruptura com um sistema que DEUS desaprovava, e que precisava mudar. Para que a aliança desse certo, essa separação da idolatria era fundamental. Por isso, nessa primeira fase, a ênfase da ordem foi a saída do meio dos parentes.

Segunda fase da aliança com Abrão:

ð Eu Sou O Senhor que te tirei de Ur dos caldeus;

ð Sabe com certeza que tua posteridade será peregrina em terra alheia, será escrava e afligida por quatrocentos anos;

ð Mas depois sairão com grande riqueza;

ð Tu viverás até ditosa velhice, e descansarás em paz;

ð Teus descendentes retornarão a esta terra na quarta geração, pois a maldade desta terra ainda não se completou para serem eliminados;

ð Ratificação: À tua descendência dei esta terra...

Na segunda fase, DEUS Se apresenta outra vez, dizendo que foi Ele que o conduziu para fora da terra dos seus parentes. Portanto, estava tudo sob controle. Agora DEUS anuncia mais algumas coisas com relação a aliança com Abrão. Ele seria peregrino na terra, e seus descendentes seriam afligidos em terra estranha e seriam escravizados, mas que, após quatrocentos anos, seriam libertados com grande despojo de riquezas, para então tomarem posse da terra prometida. Portanto, vemos a aliança avançando. É como um contrato feito em etapas, que vão se completando a cada nova etapa, até chegar a conclusão.

Terceira fase da aliança com Abrão:

ð Eu Sou o DEUS Todo-poderoso, anda na Minha presença e sê perfeito;

ð Farei (agora se completa) uma aliança entre mim e ti, e te multiplicarei extraordinariamente;

ð Serás uma numerosa nação;

ð Abrão já não será o teu nome, e, sim, Abraão, porque por pai de numerosa nação te constituí;

ð Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti;

ð Serei teu DEUS e de teus descendentes.

ð A terra das tuas peregrinações darei aos teus descendentes.

ð Obedeça a minha aliança, tu e teus descendentes;

ð O sinal da aliança é a circuncisão.

ð DEUS mudou o nome de Sarai para sara, significando que seria mãe de numerosa nação, dela procederiam reis de povos.

A terceira fase enfatiza na aliança propriamente dita, ou seja, uma grande nação. Portanto, a primeira fase preparou o necessário para a aliança, isto é, a separação do mundanismo da época, a segunda fase explicou o que se passaria com Abrão e seus descendentes até chegarem a ser uma grande nação estabelecida na terá prometida, e na terceira fase DEUS completa tudo, e diz que Abraão deveria ser perfeito diante de DEUS, para que a aliança pudesse ser concretizada. E ratificou a promessa apresentada desde a primeira fase: uma grande nação. Para tanto mudou os nomes de Abrão e de Sarai, agora tinham nomes de pais que originam nações e reis poderosos sob a proteção de DEUS, seu condutor, como prometeu nessa terceira fase. A questão fundamental na terceira fase era a obediência: anda na minha presença, e sê perfeito. A aliança dependia desse aspecto, e por ele, muita coisa estaria em jogo.

A lição, ainda, de modo muito apropriado, destaca a primeira mensagem angélica de Apoc. 14:6 e 7, onde esse anuncia a hora do juízo e se conclama para que seja adorado aquele que fez. A base de toda aliança sempre foi a obediência à lei que identifica a relação entre criatura e Criador, os Dez Mandamentos. É ao retorno à proteção dessa lei que DEUS está levando Seu povo através das alianças feitas com os seres humanos ao longo desse tempo de lutas. A guerra é por adoração, e as alianças retratam esse ponto, que é o destaque no cenário religioso também dos nossos dias. Será a grande polêmica final.

Obrigações da aliança

Em Gênesis 18:19 DEUS estabelece os termos pelos quais a aliança poderia tornar-se uma realidade: Que Abraão obedecesse e guardasse o caminho do Senhor, praticasse a justiça e o juízo (isto é a Sua Lei eterna) para que O Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito. Abraão também deveria ensinar a seus filhos, e esse conhecimento deveria permanecer ao longo das gerações, e que assim houvesse obediência aos retos princípios da verdade, vindos do caráter de DEUS.

Destaquemos um aspecto importante aqui. Essas alianças tem por finalidade, tanto manter um remanescente na Terra quanto salvar seres humanos que desejem viver para sempre. O conceito de aliança envolve amor recíproco, o modelo e ética pela qual o ser humano se relaciona entre si, com toda a natureza e principalmente com DEUS. Os seres racionais perfeitos relacionam-se entre si não pelo poder e pela força do império da lei, ou da força de exércitos e de polícias, mas por que se amam. Aliança em última instância envolve amor. Aliança significa, vamos criar aqui as condições para que todos nos amemos uns aos outros, e assim vivamos felizes. Assim deveria ser no Jardim do Éden, isso DEUS estava propondo ao longo das alianças que fazia com os homens, isso foi o que JESUS demonstrou na cruz, no que a Bíblia chama de Nova Aliança, e, finalmente, assim será quando tudo for restaurado, e a Lei estiver nas nossas mentes e nos nossos corações, que é a plenitude da aliança.

Aplicação do estudo

Aliança, no conceito divino, tem uma forte componente: amor. A aliança une os seres pelas emoções de estarem juntos (redundante, mas é assim). É o prazer da aproximação física no espaço e no tempo, para partilhar da presença e da amizade um do outro. É a harmonia e a paz que um passa ao outro, a dedicação de cada participante para fazer o outro sentir-se bem. É o desejo de ver os outros felizes. É a sensação de sentir-se realizado vendo a felicidade no rosto do próximo. Essa é a atmosfera do Céu. Essas são algumas das conotações das alianças que DEUS propõe com os seres humanos. Ele nos quer ver ao Seu lado como filhos e filhas, e quer favorecer nossa vida para que nela se manifeste todo o bem, e que nos sintamos felizes, e tenhamos vida eterna. DEUS tem bons propósitos para conosco, e é Seu desejo torna-los realidade. Ele é bom, e tem poder para fazer Sua boa vontade em nossa vida, mas depende de nós também querermos, e de participarmos. Não que Ele dependa disso, Ele na realidade pode tudo, mas Ele respeita nossa liberdade de escolha.

Analisemos um pouco um símbolo de aliança, a circuncisão. Tratava-se de uma pequena cirurgia de remoção do prepúcio masculino, normalmente realizado aos oito dias de vida de um filho. Era, evidentemente apenas um símbolo, no tempo de JESUS substituído pelo batismo, assim como o ritual cerimonial foi substituído pelo lava-pés e pela santa-ceia.

A antiga circuncisão tinha por objetivo identificar os elementos masculinos do povo de DEUS, sendo sinal de pureza. Significava ser um descendente de um povo peculiar, filho de descendentes de Abraão. Por isso, podia o ritual ser feito aos oito dias. Já o batismo está relacionado a uma decisão pessoal de pertencer a um povo peculiar, por isso deve ser realizado quando o indivíduo tem capacidade de decidir por si quanto a sua vida.

O ritual do santuário, ou cerimonialismo tinha a ver com a primeira vinda do Salvador para o Seu supremo sacrifício, e toda a questão do tratamento dos pecados e do perdão e purificação. Isso já aconteceu. Então hoje o cerimonialismo de Moisés não é mais necessário, mas sim, o lava-pés, um ato de humildade de uns para com os outros, ou seja, o elevado respeito para com os irmãos, e a santa-ceia, pela qual, tal como JESUS, aguardamos nos reunir com Ele numa enorme mesa, no Céu. Todos esses símbolos tem seu devido lugar e objetivos, e ao se cumprirem, deixam de ser necessários.

A circuncisão merece destaque, tinha por função a pureza espiritual, que nos leva a desejar hoje a pureza de coração. Pureza espiritual num paralelo, tem tudo a ver com o casamento, a aliança pura entre um homem e uma mulher. Essa é uma instância de amor que foi instituída pela sabedoria do Criador para a felicidade de seus filhos. Havendo amor no lar, uma família é algo impressionante para gerar felicidade, nela e nos outros. Mas para haver amor num lar, deve haver pureza, tanto na relação conjugal íntimo afetivo entre o homem e a mulher, quanto no relacionamento das atividades do dia-a-dia. Nisso está a pureza. Significa dizer que não deve acontecer traição com outro parceiro ou parceira, o que é chamado prostituição. A circuncisão é algo parecido como a aliança que os casados trazem no dedo da mão esquerda. Ao um homem circuncidado, casado ou não, envolver-se com uma prostituta, ele teria que envolver seu símbolo de pureza, e até a prostituta veria o tal símbolo.

Hoje, a pureza é ter as leis na mente e no coração. Esse é o princípio da atual circuncisão, ou seja, obediência por ter recebido a lei do amor a DEUS, ao cônjuge, ao próximo, a todos. A cada um, deferindo o tratamento conforme a ética do amor de DEUS. Cabe-nos, a cada dia, em tudo o que fazemos, não invalidar nossa fidelidade ao nosso DEUS, o amor com que Ele nos trata, e os bons propósitos que tem para conosco. Portanto, amemos a DEUS sobre todas as coisas, e amemo-nos uns aos outros. Disso dependem a lei e os profetas.

Prof. Sikberto R. Marks

Bosquejo de la lección de Escuela Sabatica
por Bruce N. Cameron

Lección 4
"Un Pacto Eterno"
(Éxodo 3, Génesis 15 Y 17) - Enero 25 del 2003

Introducción: Padres, piensen en el momento en que estaban nombrando sus niños. ¿Había un nombre que usted no daría a su niño absolutamente porque usted conocía a alguien con ese nombre? ¿Usted no podía, por ejemplo, nombrar al niño con el nombre de un novio viejo o de una novia vieja, no es cierto? Entre la gente que conozco, es inusual para que los padres den al niño un nombre específicamente debido a su significado. La mayoría de los padres eligen el nombre basado en el sonido del nombre. Sin embargo, el hecho de que evitamos ciertos nombres es señal que prestamos una cierta atención a las asociaciones de los nombres. Los hebreos daban a sus niños los nombres basados en el significado, más bien que el sonido del nombre. Esta semana damos nuestra atención a los nombres y al pacto que busca tener Dios con nosotros. ¡Comencemos!

I. YO SOY

A. Lea Éxodo 3:11. Dios le dice a Moisés que él es el que va a conducir a los hebreos fuera de esclavitud en Egipto. ¿Cuál es la reacción de Moisés a su nombramiento para este deber?
B. Lea Éxodo 3:13. ¿Por qué Moisés hace esta pregunta a Dios? (Moisés primero dice a Dios, "quién soy yo para hacer esto?" Ahora él parece decir a Dios, "quién es usted?" Moisés dice a Dios que la gente deseará saber quién, es exactamente este Dios que dice que los liberará de la esclavitud.)

1. ¿Qué esta Moisés realmente diciendo a Dios? ¿Usted piensa que la gente solo esta curiosa sobre el nombre de Dios? ¿O, es más profundo que esto? (Lo qué desean saber es si este Dios (entre los muchos que conocían) era más importante que los dioses egipcios.)
C. Lea Éxodo 3:14. ¿Es esto una respuesta suficiente?
1. ¿Qué usted piensa que significa este nombre (el hebreo es YHWH (Yahweh)?
2. ¿Esto contesta la pregunta verdadera de los hebreos? (que era "puede ganarle a estos otros dioses?) ¿Qué usted piensa? (la palabra YHWH significa varias cosas, pero "ser" es uno de los significados. De esta manera Dios declaraba su superioridad sobre otros dioses.)

3. He leído varios comentarios de lo que significa Yahweh en el hebreo, me parece que mucho de esto se puede entender de la traducción inglesa del "YO SOY EL QUE SOY." Póngase en el lugar de los esclavos hebreos. ¿Cómo el " YO SOY EL QUE SOY " aparecía ser superior a la adoración de ídolos, de animales o de la naturaleza?

II. EL Shaddai
A. Lea Génesis 17:1-2. ¿Cuál es la razón por la cual Dios llama a Abram? (El quería hablar del contrato (el pacto) entre ellos dos.)
1. ¿Por qué usted piensa que el texto comienza a mencionar que Abram tenia 99 años? (el contrato tenia que ver con aumentar "grandemente" el número de los descendientes de Abram. Ya que Abram tenia casi cien años ahora, la observación de su edad era un punto importante.)
2. Abram se había estado quejando por el asunto de los "descendientes." (Génesis 15:1-5) ¿Era razonable que Dios tomara tiempo para discutir con Abram cómo estaba el contrato?

3. Dios comienza la conversación introduciéndose. el "Dios Todopoderoso" es la traducción del hebreo "Eel-Shaday " (EL Shaddai). ¿Qué significa este nombre para ti?

a. ¿Cómo este nombre daría consuelo y sería significativo para Abram? (Dios todopoderoso significa Dios puede hacer cualquier cosa. Abram necesita que Dios haga mucho para darle muchos descendientes en su edad.)
b. Hay un negativo a este nombre "Dios Todopoderoso?" (si Dios es tan poderoso, Abram pudo preguntarse, "porqué tengo casi 100 años y tengo solamente un hijo de mi criada?")

4. Después de que Dios se introduce a Abram, él dice lo que tiene en mente para Abram. ¿Que es? ("camina conmigo y serás intachable.")
a. La semana pasada discutimos esta idea de "caminar" con Dios. ¿Qué decidimos que significaba vivir una vida que "camina" con Dios?
b. ¿La meta de Dios para su pueblo ha cambiado durante los años? ¿Es esta su meta para usted?

III. Abraham
A. Vamos a continuar leyendo: Génesis 17:3-6. ¿Cuál es la reacción de Abram al oír que el Dios Todopoderoso le está hablando?
1. Dios cambia el nombre de Abram a Abraham, que es un cambio en significado de "padre alto" a "populoso" - "padre de una multitud." ¿Cuál era el propósito de Dios en esto?
a. ¿Qué piensas de este cambio de nombre?
b. ¿Qué piensas que pensó Abram? (es un poco difícil. No estoy seguro que yo apreciaría esto. Digamos que tengo cuatro pies de altura y Dios viene a mí y dice, "voy a cambiar tu nombre a gigante.")

2. ¿Son estas palabras vacías de Dios?
a. ¿Cuan fuertes son las palabras de Dios? (vea Génesis 1:3 - la creación fue hablada a la existencia.)
3. Has escuchado a alguien decir, "Solo el decirle a alguien que usted va a orar por el no es tan bueno como hacer algo por el." ¿Esta de acuerdo?
B. Lea Génesis 17:7-8. Aprendimos en una lección anterior que un pacto es similar a un contrato. Un contrato requiere promesas (y acción) de ambos lados. ¿Que esta prometiendo Dios a Abraham? (Que El será su Dios y el Dios de sus descendientes y que El les dará la tierra de Canaan.)
1. ¿Cómo cabe en este cuadro la promesa anterior de Dios de darle muchos descendientes? (Dios promete no simplemente ser el Dios de los descendientes, pero el tener muchos descendientes sería esencial para poseer la tierra de Canaan.)
C. Lea Génesis 17:9-10. ¿Que esta prometiendo Abraham a Dios? (qué arreglo: pierda un poco de piel, consigue mucha tierra!)
1. ¿Es así?
D. Lea Génesis 17:11. ¿Que, realmente, estaba Abraham prometiendo a Dios? (la circuncisión era simplemente la señal del pacto. Era como el arco iris que discutimos la semana pasada.)
1. Lea Génesis 18:19. La Biblia habla de la señal del pacto por bastantes versículos antes de que veamos una discusión real de lo qué requiere de Abraham y de sus descendientes. ¿Cuál era su parte del pacto?
a. ¿Es esto todo obras? ¿O, hay gracia aquí? ("porque o lo he escogido" me suena como gracia. Sin embargo, Dios espera claramente que Abraham "guarde los caminos del señor." Esto me suena como asunto de "caminar".)
E. Sabemos que el arco iris era una señal del pacto que no habría otra inundación mundial. Ahora encontramos que la circuncisión es una señal del pacto. ¿Hay más en el lado de Abraham de este pacto qué encontramos en Génesis 18:19? (en Génesis 17:2, Dios le dice a Abram que El va a "confirmar mi pacto," significa que tenemos que mirar atrás en la Biblia para encontrar los términos del acuerdo.)
1. Nuestra lección dice que Dios se acercó a Abraham en tres etapas con el pacto. La primera etapa era Génesis 12:1-5, la segunda era Génesis 15:1-7 y la tercera etapa eran esos versículos en Génesis 17 que acabamos de estudiar. ¿Mientras mira Génesis 12 y 15, qué le pidió Dios que hiciera a Abram? (en Génesis 12 Dios le pidió a Abram que lo siguiera a una tierra desconocida. En Génesis 15 (especialmente, el versículo 6), Dios le pidió a Abram que le creyera. Así, la parte de Abram del contrato era creer y seguir a Dios.)
F. La semana pasada discutimos porqué Dios eligió el arco iris como señal de su pacto con Noe. decidimos que era porque los arco iris aparecen a la hora de la lluvia - así proveen un recordatorio de la promesa en el tiempo correcto. ¿Por qué usted piensa que Dios eligió la circuncisión como señal de su contrato con Abram? (la promesa de Dios era que él tendría muchos descendientes. Me parece como la idea del arco iris.)
G. Amigo, el Todopoderoso YO SOY todavía desea entrar en acuerdos de pactos con su pueblo. En estos acuerdos él nos da más de lo que podríamos ganar nosotros solos. Sin embargo, Dios tiene niveles altos para nosotros. ¿Usted contestará que si a la llamada de Dios para entrar en una relación especial con El?

IV. La Próxima Semana: Hijos de la promesa
Traducido por Estrella González

Auxiliar do Professor - UCB

INFORMATIVO DAS MISSÕES:

Sábado, 25 de janeiro de 2003

Você está preparado?

Juan Nicolic
Pastor leigo que lidera a congregação cigana em Santiago, Chile.

Há aproximadamente 100 anos, alguns grupos de ciganos vieram para a América do Sul, escolhendo o Equador, o Brasil, a Argentina e o Chile como seu lar. Os ciganos mantêm o idioma tradicional e suas roupas coloridas, que os tornam diferentes do restante da população. Essas diferenças muitas vezes fazem com que os outros se sintam desconfortáveis perto deles. Até hoje poucos esforços foram feitos para levar os ciganos a Cristo.

Procurando por Deus. Os ciganos não têm uma religião tradicional. Eles geralmente adotam a religião das pessoas ao seu redor, apesar de raramente irem à igreja.

Um dia, 25 anos atrás, um cigano chamado Francisco ficou muito intrigado sobre Deus. Enquanto andava, ele viu um cartaz dizendo: "O Senhor está vindo: você está preparado?" Ele parou e pensou na mensagem. "Se for verdade", pensou, "o que isso significa? Será que os ciganos estão excluídos da família de Deus? Nenhum será salvo?" Francisco conversou sobre essa preocupação com os outros, mas ninguém parecia saber se estava preparado para a vinda de Jesus.

Perto da casa de Francisco havia uma pequena Igreja Adventista. Ele foi à igreja um sábado, onde percebeu que o evangelho era para todos; isso o alegrou muito. Mas quando contou para a sua família o que descobrira, todos riram.

Isso não é para nós; somos ciganos. Você consegue imaginar que engraçado a gente indo para a igreja com uma Bíblia na mão?

Mas a zombaria da família não desanimou Francisco, e ele continuou a freqüentar a igreja e decidiu ter estudos bíblicos. Quando chegou a hora, foi batizado. E Francisco decidiu encontrar outros que estivessem procurando por Deus.

Juan. Juan era um adolescente que vivia em uma comunidade cigana perto de Santiago, no Chile. Ele também tinha dúvidas sobre Deus. Em sua busca por um significado para a vida tentou as drogas, mas não achou o que precisava.

Um dia, alguns jovens foram ao acampamento para vender drogas. Para a surpresa de Juan, um deles carregava uma Bíblia. Eles queriam usar as finas folhas das páginas para fazer cigarros de maconha. Juan tinha a impressão de que essa Bíblia tinha as respostas para as suas perguntas, então perguntou aos garotos se podia ficar com ela. Eles lhe deram a Bíblia. Juan pegou o livro, gasto e sem capa, e começou a ler. Apesar de não entender muito o que lia, continuou lendo, à procura das respostas que precisava.

Um dia, Francisco foi ao acampamento e convidou Juan para ir à reunião que ia fazer. Juan aceitou o convite e lá ouviu a voz clara de um Deus de amor, que Se importa com os Seus filhos. "Deus conhece você, sabe onde você nasceu, onde vive. Ele tem um plano para você." Isso tocou Juan tão profundamente, que ele sentiu a presença de Deus na sala.

Decidindo Crescer. Os jovens que formavam o coral da Igreja Adventista na vila cigana tentaram falar do seu limitado conhecimento de Deus para suas famílias e amigos. Mas a maioria não estava interessada.

Percebendo que a chave para quebrar as barreiras para alcançar os ciganos era a música, começaram a traduzir os hinos cristãos para o romani, a linguagem cigana. Eles cantavam para os amigos e familiares. Quando rompiam a resistência inicial com a música, podiam falar de Deus.

Os jovens decidiram fazer reuniões em uma tenda armada no campo perto de um grande acampamento cigano fora de Santiago. Convidaram a todos, mas os adultos não estavam interessados; somente as crianças foram. Os pais ficaram bravos e obrigaram seus filhos a pararem de ir a tenda adventista. Um deles até apontou um revólver para o seu filho e ameaçou matá-lo se desobedecesse. Os jovens adventistas tentaram desencorajar as crianças a irem, mas elas continuaram a ir.

Uma noite, quando chegaram à tenda, os adventistas viram que sua tenda tinha sido cortada em pedaços. Eles ajuntaram novamente os pedaços, costurando um ao outro e continuaram as reuniões. Novamente as crianças foram, apesar das objeções de seus pais, mas foi possível notar alguns adultos escondidos. Lentamente, envergonhados, eles entraram e se sentaram. As pessoas começaram a perceber que muitos dos seus filhos estavam envolvidos com as drogas e tinham problemas com a polícia, e que os jovens adventistas estavam fazendo um trabalho bom. Então, pararam de se opor e começaram a se interessar pela mensagem.

O grupo de pessoas aumentou. Um visitante se ofereceu para ajudar a congregação a comprar uma tenda maior. Na verdade, eles iriam precisar de um lugar permanente para ficar. O grupo musical, que tinha crescido em tamanho e popularidade, fez apresentações por todo o Chile e pela América do Sul. Enquanto seu ministério levava pessoas a Cristo, a venda de fitas das suas músicas juntava fundos para a construção de sua igreja.

Hoje a Igreja Cigana Adventista no Chile tem 135 membros. A maioria deles vive em Santiago. Lentamente estão tomando os primeiros passos para o Salvador.





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